3 de jul. de 2010

Caso Ex-Governador do Distrito Federal Arruda e Mensalão do DEM

Segundo Ministério Público, Arruda respondeu a todas as perguntas sobre a promotora

O ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (sem partido) prestou depoimento nesta sexta-feira por mais de duas horas na Procuradoria Regional da República em Brasília.

Arruda colaborou com o Ministério Público local e respondeu, na condição de testemunha, a todas as perguntas que foram feitas sobre a suposta participação da promotora do Distrito Federal Deborah Guerner no chamado mensalão do DEM.

Conduzido à força pela Polícia Federal ao Ministério Público, Arruda deixou o prédio sem falar com a imprensa. Segundo o procurador-chefe, Alexandre Camacho, a partir dos esclarecimentos do ex-governador --que é acusado de chefiar um esquema de arrecadação e propina -- as investigações em torno da promotora vão avançar. O inquérito corre sob sigilo.

"Foi bastante positivo e espero mais colaborações nesse sentido. Tudo que foi perguntado foi respondido. As coisas que estavam sobre alguma ponderação foram esclarecidas e acho que vamos avançar", afirmou.

Durante busca e apreensão no início do mês, a Polícia Federal encontrou cerca de R$ 280 mil enterrados no quintal da promotora ao lado de discos rígidos e CDs. A operação foi realizada a pedido do Tribunal Regional Federal da 1ª Região para levantar documentos sobre os contratos de limpeza urbana do governo do Distrito Federal, mais uma frente de apuração do esquema do mensalão do DEM.

Segundo o delator do mensalão, Durval Barbosa, o ex- chefe do Ministério Público do DF, Leonardo Bandarra, teria recebido mais de R$ 1,6 milhão, além de mesada, para interferir no Ministério Público e impedir investigações sobre os contratos do lixo.

De acordo com Barbosa, Deborah seria a intermediária da negociação. Um das conversas, segundo depoimento de Barbosa, foi feita na sauna da casa da promotora.

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